Quarto jogo, quarta vitória e, para mim, o Brasil tem sim um método.
Se tentam nos atacar, goleamos. O nosso contra-ataque é muito efetivo.
Se apenas se defendem, ganhamos por pouco. Com a posse da bola, mais cedo ou mais tarde o gol acontece. Depois é só administrar.

Nossa imprensa, no entanto, gostaria de um time em estado de arte.
Afinal isto justificaria os 900 reporteres que seguem os jogadores todos os dias.
Nossos adversários gostariam de um adversário menos objetivo.
Se o time brasileiro acreditasse no próprio mito seria mais fácil vencê-lo.
A falta de interesse do Brasil em jogar de maneira espetacular parece desagradar a todos.

Os vitórias, no entanto estão sendo alcançadas, uma a uma.

Desta vez, foram várias melhoras.
Dois laterais mais jovens, dois volantes mais ofensivos e um ataque bem mais leve levaram o Brasil a fazer a segunda melhor apresentação de de uma equipe em todo o mundial.

Mas eu gostaria de ter participado da entrevista coletiva dos treinadores para fazer a seguinte colocação ao técnico japonês:

"-Zico,
você que foi o melhor jogador brasileiro de sua época,
tendo sido o camisa dez da inesquecível seleção de 1982,
injustamente eliminado da copa de 86,
campeão moral na argentina em 1978,
vice-campeão como acessor técnico em 1998,
e agora com esta campanha junto a seleção japonesa...

Mas como tu é pé-frio."

já melhoramos um pouco...



Fred comemorou o seu gol contra a Austrália,
dois minutos depois de entrar em campo.
Os novos fenômenos vão pedindo passagem para os antigos.

Estive em Kaiserslautern, Alemanha, a uns 5 anos.
A primeira coisa que notei foi a grande quantidade de negros que tinha na cidade.
Um monte de negros.

Depois notei o tamanho deles.
Uns baita duns negrões.
Um metro e noventa, dois metros de altura é normal para um negrão de Kaiserslautern.

Eu estava achando aquilo muito estranho quando passou por nós, na autobahn em volta da cidade, um grupo de motoqueiros em altíssima velocidade.
Eram uns quinze caras, todos de Harley Davidson, rodadndo em formação a uns 180km/h.
Atrás de uma das jaquetas de couro estava escrito: "YOU ARE NOT FORGOTTEN"
Me explicaram então que em Kaiserslautern fica a base militar americana de Ramstein.



Se os Russos resolvessem invadir a Europa Ocidental, a primeira linha de defesa seria ali, na margem esquerda do Reno.
Quinze mil soldados americanos, muitos deles pilotos de jato, como os que passaram por nós na autobahn, preparados para deter o Exército Vermelho.
Daí eu entendi o tamanho dos negrões.

Foi em Kaiserslautern que os Estados Unidos jogaram contra a Itália, hoje.
A torcida americana ocupou metade do estádio e cantou o "Star and Stripes" a plenos pulmões.
Acho que foi a melhor execução de um hino nacional na história das copas, talvez melhor que a Marselhesa da final de 1998.



Em campo, os americanos, com uma vibração e uma coragem inesperada, enfrentaram uma Itália tecnicamente muito superior.
Foi impressionante ver a atuação dos jogadores estadunidenses, com um homem a menos, se esforçando até o limite de suas forças.

Mas,
com uma torcida destas,
soldados vivendo longe de casa,
prontos para a guerra,
você fugiria do pau???

FUE UN AFANO
(EFE)

"Argentina bailó y goleó a Serbia y Montenegro 6 a 0 con un fútbol lujoso.
El Conejo Saviola estuvo endemoniado y salió ovacionado reemplazado por Tevez.
Participó en los tres primeros goles (dos de Maxi y uno de Cambiasso), el segundo fue uno de los más lindos del Mundial.
En la segunda mitad, Messi entró por Maxi Rodríguez, y enseguida le puso la asistencia a Crespo para el cuarto.
Carlitos clavó el quinto.
Y la Pulga el sexto.
Belleza."



A Argentina mostra suas armas,
desponta como favorito ao título da Copa 2006,
eleva a confiança dos hermanos às estrelas
e nos relembra da verdadeira missão da Seleção Brasileira:

...derrotar a Argentina...

O Brasil obteve uma excelente vitória, ontem, em seu primeiro jogo pela Copa do Mundo 2006.

Muitos disseram que o resultado foi uma decepção, que esperavam mais, que não houve brilho nesta vitória.
Eu acho que não poderia ter sido melhor.

Perigoso mesmo seria uma vitória arrasadora, com goleada.
O clima de "já ganhou" poderia afetar a competitividade de nosso time.
O 1x0, entretanto, reforçou a obrigação de trabalhar seriamente pelo objetivo.

Percebemos, agora, a desimportância da lingüicinha que a dona Miguelina põe na feijoada do filhinho, assim como todas as outras frivolidades que pertencem ao "mundo das celebridades" e nada acrescentam ao esportes de alto rendimento.

E pela primeira vez olhamos verdadeiramente preocupados para o nosso outro craque, de 110 quilos, caminhando para o banco.



Com sorte, algum dos nossos muitos preparadores físicos vai até criar coragem para gritar: "25 voltas ao redor do campo, Ronaldo!!!"

08|06|2006 - 20:23 | Benê Turco/Assessor de Imprensa da CBAt

São Paulo - Dois dias depois de quebrar o recorde brasileiro dos 10.000 m, o brasiliense Marilson dos Santos (Pão de Açúcar-BM&F/CAIXA) estabeleceu mais um feito em pistas européias. Na noite desta quinta-feira (8), no Meeting de Kassel, na Alemanha, ele ganhou a medalha de bronze nos 5.000 m, com o tempo de 13:19.43.

Assim, ele superou o antigo recorde sul-americano do argentino Antonio Silio, que era 13:19.64, estabelecido em 17 de julho de 1991, em Roma (Itália). Nos pés de Marilson caiu também, depois de 10 anos, o recorde brasileiro de Adalberto Garcia, que era 13:28.99, de 3 de junho de 1996, em St. Denis, na França. Em Kassel, Marilson chegou atrás dos quenianos Moses Kigen (13:19.02) e Hillary Chenonge (13:19.40).

06|06|2006 - 16:30 | Benê Turco/Assessor de Imprensa da CBAt

São Paulo - Marilson Gomes dos Santos continua superando marcas importantes.
Vice-campeão pan-americano dos 10.000m em Santo Domingo 2003, o fundista ganhou a prova no Meeting de Neerpelt, na Bélgica, com o tempo de 27:48.49.
Mais de que a vitória, porém, Marilson quebrou o recorde brasileiro anterior, ao superar em quase um minuto, o tempo de Ronaldo da Costa, que era 28:07.73 e fora estabelecido em Richmond, em 1º de junho de 1996.



Na Bélgica, Marilson, bicampeão da São silvestre em 2003 e 2005, foi o único a fazer a prova em menos de 28 minutos.
Abaixo, os 5 primeiros dos 10.000 m no Meeting de Neerpelt:

1 - Marilson GOMES DOS SANTOS (Brasil) 27:48.49
2 - Monder RIZKI (Bélgica) 28:07.10
3 - Khalid YASEEN (Bahrein) 28:10.89
4 - Willem VAN HOOF (Bélgica) 28:11.04
5 - Geofrey KIPNGENO (Quênia) 28:11.09