22.8.04
O CHORO DE PAULA RADCLIFF
Na maratona olímpica feminina, exatamente no km 36,
a recordista mundial, favoritíssima para vencer a prova,
menina prodígio da Inglaterra,
que já estava no limite de suas forças tentando manter a sua terceira posição,
foi ultrapassada pela atleta da etiópia.
Sentiu aquele baque que todo corredor quando é ultrapassado, sente:
um misto de choque e desespero, que parece roubar a força das pernas e o ar dos pulmões.
Então,
no km36,
Paula sentou no meio-fio,
cobriu os olhos com as mãos,
...e chorou...
