22.9.04
FILOSOFIA SENNA
Domingo, em Xangri-lá, o tema de casa era correr 16 km.
Tomei um belo café da manhã, calcei um Nike Perseus novinho, e fui prá praia.
O começo foi tranquilo, temperatura amena e pouca gente na praia.
Em Rainha do Mar, fiz meia-volta, e senti o vento nordeste soprando com força.
Ok, pensei, vai ser um pouco mais difícil...mas eu não tenho pressa.
Só que daí um outro corredor apareceu de repente e me ultrapassou.
Apressei o passo, lógico!
E ele apressou também.
Forçei um pouco mais.
E ele também aumentou a velocidade.
Nós já estávamos correndo, lado a lado, a algum tempo quando surgiu um daqueles córregos que cortam a praia, bem na nossa frente.
O meu acompanhante titubeou, procurando um local estreito para saltar a corrente d'água.
Eu meti direto, encharcando os tênis e abrindo dez metros de dianteira.
A partir daí, corri sozinho, o outro foi ficando cada vez mais para trás.
Talvez tenha pensado:
-"Deixa ele ir, que deve ser louco!"
Mas o fato, é que tive a oportunidade de comprovar na prática o que queria dizer Aírton Senna:
"A hora de acelerar é quando chove...
...pois todos os outros estarão reduzindo."