Na Copa do Mundo de 1986, a grande maioria das 24 seleções participantes usavam uniformes Adidas.
No jogo semifinal, França e Alemanha, camisetas, calções, meias e chuteiras; dos jogadores, do juiz e dos bandeirinhas, e também a bola, os cartões, as redes, o apito e mesmo as as bandeiras laterais...tudo ostentava o logotipo do trevo alemão.
A hegemonia da empresa, criada por Adi Dassler na virada do século, alcançara aí o seu apogeu.

De lá para cá, muita coisa mudou.
A jovem Nike, americana, criada em 1973, se tornou uma gigante, e hoje possui uma política agressiva de captação dos melhores atletas, para competirem sob seu logotipo.
Outras empresas como a Asics ou a Reebok, desenvolveram tecnologias próprias e estão em vantagem em termos de qualidade em vários produtos.
A Puma, empresa alemã que se acostumara a viver à sombra da Adidas, resolveu inovar. Decidiu mudar de ramo, abandonando as pistas, as quadras e os campos, para invadir as passarelas e os nightclubs.
A Adidas foi superada em quase todos os aspectos que lhe conferiram, um dia, praticamente o monopólio mundial no fornecimento de equipamentos esportivos.

No entanto, em um ponto, a marca das três listras é, e sempre será, imbatível: a tradição.
E finalmente tornou-se política da empresa àquilo o que todo o mundo sempre adorou em relação a Adidas, o culto a sua história.

Em toda loja Adidas do mundo, alguns estandes passam a contar a fantástica história da empresa.
Em Porto Alegre, você pode ver as sapatilhas com que Emil Zatopeck treinava para vencer a maratona da Olimpíada de Roma, ou o cano-alto que Mohamed Ali usou na lendária luta contra Joe Frazier, bem alí na 24 de Outubro...um excelente mini-museu do esporte.
E em Barcelona, a cidade mais Nike do mundo, inaugurou-se a primeira "Adidas Originals", loja dedicada somente a comercialização de artigos que fizeram a história do esporte, com a marca das três listras, é claro.


Ps: só tem uma coisinha que ainda não está boa:
Na front page do www.adidas.com tem a foto de dois modeletes junto com o Beckham...
Isto está errado, a Adidas não deveria imitar a Puma!!!
Se dependesse de mim, Franz Beckembauer, jogando de braço quebrado, em 70, no México, seria a front page eterna...