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26.7.05

 

DELÚBIO


Em 64ac, Catilina,
ex-pretor dos territórios africanos,
mesmo sub-júdice de uma dezena de crimes de corrupção, de conspiração e de desvio do dinheiro público,
apresentou sua candidatura a Cônsul de Roma.

Derrotado, Catilina passou a noite conspirando.
Na manhã seguinte, foi ao senado buscando aliados para o golpe de estado.

Indignado, o Senador Cícero,
mirando o próprio Catilina nos olhos,
frente a frente, e testemunhado pelos senadores romanos,
pronunciou seu célebre discurso,
hoje conhecido como Primeira Catilinária...

"Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo ainda há de zombar de nós com essa tua loucura?
A que extremos há de precipitar essa tua audácia sem freio?

Nem a guarda do Palácio,
nem a ronda noturna da cidade,
nem os temores do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem o olhar e o aspecto destes senadores,
nada disto conseguiu perturbar-te?

Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?
Não vês que a tua conspiração terminou, e é por todos conhecida?

Quem entre nós, pensas tu,
que ignora o que fizeste na noite passada e na anterior,
em que local estiveste,
a quem convocaste,
e o que deliberaste?

Que tempos! Que costumes!
(...)

Com estes presságios, Catilina,
para suprema salvação do Estado,
para tua desgraça e ruína,
para perdição daqueles que a ti se ligaram por toda a espécie de crimes e parricídios,
parte para essa tua guerra ímpia e nefasta.

E tu, Júpiter,
cujo culto foi instituído por Rómulo sob os auspícios desta cidade,
tu a quem com justiça chamamos o Sustentáculo Desta Urbe e Deste Império,
hás de relegar este assassino e os seus comparsas
para longe do teu templo,
das casas de Roma,
de suas muralhas,
e da vida e dos haveres de toda a população.

E àqueles que odeiam os homens de bem,
aos inimigos da Pátria,
aos salteadores da Itália,
unidos entre si por um pacto criminoso e uma aliança nefasta,
a esses,
vivos ou mortos,
há de puni-los com suplícios eternos."

(texto original)
"Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Quam diu etiam furor iste tuus nos eludet?
Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia?
Nihilne te nocturnum praesidium Palati,
nihil urbis vigiliae,
nihil timor populi,
nihil concursus bonorum omnium,
nihil hic munitissimus habendi senatus locus,
nihil horum ora voltusque moverunt?

Patere tua consilia non sentis,
constrictam iam horum omnium scientia teneri coniurationem tuam non vides?
Quid proxima,
quid superiore nocte egeris,
ubi fueris,
quos convocaveris,
quid consilii ceperis,
quem nostrum ignorare arbitraris?

O tempora! O mores!
(...)

Hisce ominibus, Catilina,
cum summa rei publicae salute,
cum tua peste ac pernicie cumque eorum exitio,
qui se tecum omni scelere parricidioque iunxerunt,
proficiscere ad impium bellum ac nefarium.

Tu, Iuppiter,
qui isdem quibus haec urbs auspiciis a Romulo es constitutus,
quem Statorem huius urbis atque imperii vere nominamus,
hunc et huius socios a tuis ceterisque templis,
a tectis urbis ac moenibus,
a vita fortunisque civium arcebis et homines bonorum inimicos,
hostis patriae,
latrones Italiae,
scelerum foedere inter se ac nefaria societate,
coniunctos aeternis suppliciis vivos mortuosque mactabis."

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