<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d7414962\x26blogName\x3dFKS\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dLIGHT\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://fks.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://fks.blogspot.com/\x26vt\x3d7136279800294492137', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

29.8.05

 

O DESTINO DE FIGUEROA


Em 1976 jogava na defesa do Internacional um jogador chamado Figueroa.
Ele ficou famoso não pela qualidade de seu futebol, mas por sua falta de caráter e deslealdade dentro do campo.
Sua jogada característica era o cotovelaço na boca ou no nariz do atacante adversário.
O juiz nunca percebia nada e a torcida colorada se regozijava de sadismo.

Figueroa dominava a bola, perto de sua área, e a levava até próximo da bandeira de escanteio,
ficava de costas para o campo e esperava que o atacante adversário viesse cercá-lo.
E lá ía um desavisado centroavante do Passo Fundo, por exemplo, que ganhava não mais que um salário mínimo,
tentar tomar a bola de Figueroa.
As sociais do Beira-Rio entravam em um frenesi macabro. "Ele vai fazer! Ele vai fazer!",
sussurravam os colorados a seus filhos de onze anos.

E, de repente, sem ninguém entender como,
aquele atleta semi-amador do Passo Fundo estava estirado no chão.
Com um nariz quebrado, ou com um dente a menos na boca, ele gemia de dor.
Ninguém escutava nada, no entanto, pois os colorados estavam de pé,
gritando e se vangloriando por seu zagueiro que saía jogando calmamente.
E o juiz meio confuso, mandava seguir o jogo.

Anos mais tarde, Figueroa já velho, morando em seu Chile natal, foi chamado para treinar o Internacional.
O time ía mal no campeonato brasileiro e os dirigentes, que tinham 11 anos em 76,
buscaram o homem que seus pais admiravam.
Figueroa estreiou vencendo o Santos na Vila Belmiro, depois teve algumas derrotas,
concedeu inspiradas entrevistas, depois faltou alguns treinos,
daí obteve uns empates, cancelou os treinos pela manhã e, no final,
o Internacional ficou em uma posição intermediária na tabela de classificação.

O campeonato acabou e Figueroa voltou ao Chile.
Os dirigentes colorados deram graças a Deus de se livrarem de um treinador tão preguiçoso.
Ainda pagaram o salário dele por mais oito meses,
se perguntando:
"Era mesmo este homem que nós idolatravamos na infância?

Eu não sei.
Eu torcia pro cara que limpava o sangue do nariz e voltava pro campo prá jogar futebol.

  • << Home