A primeira resposta possível é SIM.
Optando pela proibição do comércio de armas e munição,
aumentam os mecanismos de controles do estado,
e diminui o acesso às armas.
Consequentemente, diminui a criminalidade,
que parece ser o grande objetivo de todos.

A segunda resposta possível é NÃO.
A experiência mostrou que a criação de novas leis muito pouca influência possui sobre o Brasil real.
Basicamente, afeta aqueles que se dispõem a cumprir a lei,
o que, obviamente, não inclui os criminosos.
Neste caso, ironicamente, aumentaria a criminalidade,
já que o arsenal dos cumpridores da lei seria extinto.

Mas o que dizem os números?
A revista Veja publicou que em 2004 foram comercializadas legalmente 3000 armas de fogo no país.

Supondo que o Brasil possua 200.000.000 de habitantes,
isto significa uma arma de fogo para cada 66 mil brasileiros.
Ora, eu não me relacionei, em toda a minha vida, com nem perto de 66 mil pessoas.
Mesmo no orkut, só tenho uma centena de amigos...

Supondo que Porto Alegre possua 2.000.000 de habitantes,
foram adquiridas legalmente na cidade em 2004, em média, 30 armas!
Este é o tamanho do arsenal que vamos proibir: 30 armas.
Vamos combinar que o problema da criminalidade em Porto Alegre não é a comercialização de 30 armas de fogo por ano.

Me parece que o benefício significativo deste plebiscito é a discussão sobre as causas da criminalidade, e só isso.
Espero que todo este debate ainda gere uma consequência significativa na diminuição da criminalidade,
mas não vai ser desta vez.