Participar da Corrida de São Silvestre, no último dia do ano, é também um exercício de logística.
São vários os preparativos, incluindo o momento exato de parar de trabalhar e fazer as malas.
Tem o deslocamento para o aeroporto, e a escolha do melhor horário para o vôo, que sempre atrasa.
Daí tem a chegada a São Paulo de madrugada e com fome.
E a procura por uma boa pizza paulistana, felizmente bem sucedida.
E tem a chegada ao hotel, a retirada do kit, os deslocamentos, treinos, refeições,
o reconhecimento da corrida, a própria corrida e, por fim, a volta às pressas para conseguir passar o ano novo em Porto Alegre.
E parece uma loucura total, por quê sempre fugimos de Porto Alegre no ano novo!

Mas, de repente, tudo faz sentido.

No dia da prova, eu subi a Avenida Pamplona bem cedo para ver o circo ser armado.
Quando cheguei na Paulista foi incrível.
O centro financeiro do brasil estava parado!
Nenhum carro trafegava, Vanilla Sky legítimo!!!
Era um cenário grandioso, aparentemente perdido no tempo,
fora de sua própria realidade, se preparando para receber os corredores.
Muitas câmeras, arquibancadas, pôdium e barreiras divisórias sendo armadas.
Um sonzaço tocando a todo volume e o céu azul brilhante,
nos esperando logo depois da Consolação...

E a música, que preenchia todos os cantos da Avenida Paulista,
falava de correr a São Silvestre, que sempre foi meu objetivo:

"Você é assim, um sonho pra mim, você é assim...

Você é assim, um sonho pra mim, você é assim...

Você é assim, um sonho pra mim , você é assim..."